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13 Lendas da Região Norte: Boitatá, Curupira, Mapinguari e Mais!

As lendas da região Norte têm muita influência da cultura indígena e muitas envolvem a floresta Amazônica, sendo chamadas, também, de lendas amazônicas. Confiras as lendas do Norte mais famosas, como a Lenda do Açaí, a Lenda das Amazonas, a Lenda do Boto-Cor-de-Rosa e muito mais!

1. Lenda do Açaí


A Lenda do Açaí conta que nas terras onde hoje fica a cidade de Belém do Pará, vivia uma tribo indígena que enfrentava a falta de alimentos, pois as índias não paravam de dar à luz. Por causa disso, o cacique mandou matar todas as crianças que nascessem na tribo.

Até que a neta do cacique, filha de Iaçã, sua filha, foi morta ao nascer. Iaçã, desesperada, rogou a Tupã que mostrasse uma solução para aquilo não continuar se repetindo na tribo. Até que, uma noite, Iaçã ouviu o choro de sua filha nos pés de uma árvore e correu ao seu encontro, mas o bebê desapareceu em seus braços.

Chorando sem parar, Iaçã morreu e a encontraram abraçada a uma palmeira de onde brotavam os frutos que foram batizados de açaí – o nome de Iaçã ao contrário.

2. Lenda do Uirapuru


O uirapuru, um pássaro encontrado em toda a floresta Amazônica, era o índio Quaraçá, que adorava tocar flauta e se apaixonou pela mulher do cacique. Pedindo ao Deus Tupã para ficar com a índia, ele foi transformado no pássaro para que pudesse pousar sempre nos ombros de sua amada.

Até mesmo o cacique se encantou pela beleza da ave e se perdeu na floresta tentando encontrá-la. Foi quando Quaraçá teve a chance de ficar com a mulher de uma vez por todas, mas, para isso, precisava encontrar uma maneira de se transformar em homem novamente.

3. Lenda do Boitatá


Boitatá era uma cobra gigante que vivia no interior de uma árvore na Floresta Amazônica. Mas um certo dia ela despertou feroz, soltando labaredas de fogo pela cabeça, faminta, caçando e comendo os olhos de todos os animais da floresta. Muitas pessoas ainda acreditam que Boitatá assusta quem entra à noite na floresta.

4. Lenda do Curupira


Curupira é a famosa criatura com pés virados para trás e cabelo de fogo: o guardião das florestas que persegue e mata os caçadores e também é cruel com quem desmata e destrói as florestas.

O Curupira deixa os caçadores desorientados com seus assobios e a lenda também conta que ele pode ficar invisível e se transformar em onça e em outros animais selvagens para atrair esses homens para o interior das florestas e fazê-los se perderem.

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5. Lenda do Boto-Cor-de-Rosa


A lenda do boto-cor-de-rosa é famosa: o animal vive nos rios amazônicos e conta a lenda que ele se transforma em um homem atraente e sedutor, todo vestido de branco, incluindo o seu chapéu, e sai do rio em busca de mulheres para passar a noite com elas.

O chapéu esconde as narinas do boto, que ficam no topo de sua cabeça, pois a transformação não é completa. O boto sempre escolhe uma mulher virgem ou a mais bonita de todas para acasalar, então a engravida e a abandona.

Essa lenda era muito utilizada para justificar a gravidez de mulheres solteiras ou que engravidaram fora do casamento nesta região.

6. Lenda da Mandioca


A lenda da mandioca conta como essa raiz surgiu. A filha do cacique tinha aparecido grávida sem explicação – ela não sabia como havia engravidado. Seu pai teve um sonho que o convenceu a acreditar em sua filha e então sua neta nasceu.

A indiazinha recebeu o nome de Mani e era querida por toda a tribo. Um dia, infelizmente, ela foi encontrada morta por sua mãe, mas curiosamente, com um semblante feliz. Mani foi enterrada na oca em que morava com sua mãe, que passou a chorar todos os dias por sua morte.

As lágrimas eram tantas que molharam abundantemente a terra onde a indiazinha foi enterrada. No local, tempos depois nasceu uma planta e a terra começou a rachar. Ao cavar na esperança de encontrar a filha viva, a índia encontrou a mandioca, que recebeu esse nome através da junção das palavras “Mani” e “oca”.

7. Lenda do Monte Roraima


A origem do Monte Roraima também é contada em uma lenda. Os índios Macuxi viviam em terras baixas e alagadiças, com caça e pesca fartas. Nessas terras nasceu uma bananeira sagrada e os pajés ordenaram a todos que seus frutos não fossem arrancados nem comidos.

Foi então que o pior aconteceu quando um cacho de bananas foi arrancado do pé: o monte se levantou e os índios perderam suas terras.

8. Lenda da Iara


A Iara é uma das lendas do Norte e uma das lendas amazônicas mais famosas do folclore brasileiro. Ela também é conhecida como Mãe D’Água: metade mulher, metade peixe, pele morena, cabelos negros e uma estrela brilhante na testa.

Iara era uma índia guerreira, mulher forte cujas habilidades causavam inveja em todos os seus irmãos. Tanta inveja, que todos eles tentaram matá-la, mas ela reverteu o ataque e conseguiu destruí-los. Na fuga, o seu a pai encontrou e a jogou nos rios Negro e Solimões, onde ela foi salva pelos peixes, que a transformaram na linda sereia com voz encantadora.

Iara seduz os homens com sua voz e os leva para o fundo do rio, matando todos que são hipnotizados pelos seus encantos.

9. Lenda da Vitória-Régia


A origem da Vitória-Régia, conhecida como estrela das águas, também é contada em uma lenda. A planta era a índia Naiá, que se apaixonou por Jaci, a divindade da Lua que namorava as índias mais bonitas das tribos da região. Ao namorar com as índias, Jaci transformava todas em estrelas e, assim, Naiá esperava sua vez.

Uma certa noite, Naiá tentou beijar Jaci através de seu reflexo no rio, mas caiu e acabou se afogando. Jaci, para homenageá-la, a transformou na vitória-régia, a estrela das águas.

10. Lenda da Cobra Grande


A Cobra Grande, também conhecida como Boiuna, é uma cobra gigante que vive no fundo dos rios e tem olhos luminosos que apavoram os pescadores. De tempos em tempos, a cobra grande sobe à superfície para liberar sua fúria, derrubando embarcações e devorando todos que encontra pela frente.

Certa vez, a índia Tapuia engravidou da Cobra Grande e teve dois filhos-cobras: Norato e Maria Caninana que, por sua vez, têm sua própria lenda.

11. Lenda da Cobra Norato


Norato, filho da Cobra Grande, era uma cobra bondosa, ajudava pessoas que se afogavam e não fazia mal a ninguém, enquanto sua irmã, Maria Caninana, era má e atacava todos os pescadores com grande fúria.

Certo dia, em uma luta, Norato matou sua irmã. Em noite de lua cheia, a cobra se transformava em homem, ia visitar sua mãe e frequentava festas, até que um dia encontrou alguém para desencantá-lo e transformá-lo em homem permanentemente.

12. Lenda do Mapinguari


O Mapinguari é um monstro que vive na Floresta Amazônica: seus gritos podem ser ouvidos a quilômetros de distância, ele é cruel e não poupa nenhuma vida à sua frente.

Mapinguari tem 2 metros de altura e usa uma armadura de casco da tartaruga, mas seus pelos vermelhos ainda podem ser vistos, além do único olho no centro da cabeça e da boca cheia de dentes afiados que fica na barriga.

13. Lenda das Amazonas


As índias Icamiabas, termo que significa “sem marido”, viviam em tribos só de mulheres. Uma vez por ano elas recebiam homens apenas para acasalar. Quando seus filhos nasciam, elas entregavam os meninos e ficavam com as meninas para criá-las a seu modo.

Essas índias foram batizadas de amazonas pelos navegadores, que significa “mulher sem seios”, como conta a história de antigas guerreiras que não aceitavam se relacionar com homens e retiravam um seio para manusear melhor o arco e flecha.

Os navegadores que, ao atravessarem o rio Amazonas se depararam com as índias que pareciam com as amazonas, batizaram o rio com esse mesmo nome.

Atualizado em: 30/06/2023 na categoria: Folclore


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