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9 Lendas da Região Sul: Negrinho do Pastoreio, Ahó Ahó e Mais

Confira as mais fantásticas e surpreendentes lendas da região sul: seres fantásticos em lendas gaúchas com elementos das culturas indígena, africana e europeia sobre bruxas, monstros, guerreiros, pássaros e muitos outros personagens que fazem parte do rico folclore brasileiro.
 

Lenda do Negrinho do Pastoreio

O Negrinho do Pastoreio cavalga pela região sul do país cuidando dos animais que se afastam do rebanho e ajuda as pessoas a encontrarem objetos perdidos.
 
Diz a lenda que o menino órfão era escravo de um senhor muito cruel. Certa vez, ele deixou o cavalo preferido de seu senhor escapar e foi castigado, tendo que passar a noite inteira em cima de um formigueiro.
 
Clamando pela ajuda de Nossa Senhora da Conceição, ele conseguiu se livrar das formigas. Quando o seu senhor veio ver o que estava acontecendo no meio da noite, se deparou com o seu cavalo e com a Santa ao lado do menino que montou no cavalo e saiu cavalgando.
 

Lenda da Gralha Azul

Entre todos os outros pássaros criados por Deus, apenas a gralha negra aceitou a missão de espalhar as sementes de araucária pelas florestas.
 
Como recompensa, Deus cobriu o pássaro com o lindo manto azul, que se tornou símbolo do estado do Paraná. Ele vive nas florestas de araucária e é responsável pelo plantio de muitas árvores, pois tem como hábito enterrar alguns pinhões para se alimentar mais tarde. Como acaba esquecendo onde os enterrou, essas sementes germinam se transformando em majestosos pinheiros.
 

Lenda das Bruxas da Praia de Itaguaçu

Até hoje é possível encontrar as bruxas da Praia de Itaguaçu, na Ilha de Florianópolis, que foram transformadas em pedras.
 
Conhecida como Ilha da Magia, o local era povoado por muitos seres mágicos, como contam os nativos. Um certo dia, as bruxas que habitavam a ilha resolveram dar uma festa no local, convidando todos as criaturas mágicas que ali habitavam, como o Curupira, o Saci e o Lobisomem, mas o diabo ficou de fora da lista de convidados porque cheirava mal.
 
Quando o medonho descobriu, apareceu no local e ficou furioso, transformando todas as bruxas em pedras. Até hoje elas esperam que ele as transforme em bruxas novamente.
 

Lenda da Erva-mate

A lenda da Erva-mate, do sul do Brasil, conta como essa erva se tornou símbolo da fraternidade entre os seres humanos e porque deve ser sempre compartilhada.
 
Nas florestas da região, vivia um velho índio guerreiro com sua filha Yari. Ele era muito generoso: hospedava todos os viajantes que passavam por ali.
 
Um certo dia, o índio hospedou um caçador com todas as honras. Sua filha, após o jantar, cantou para o hóspede até ele adormecer. No dia seguinte, o caçador revelou quem realmente era: um enviado do deus Tupã, que queria agradecer toda a hospitalidade do velho índio guerreiro.
 
Foi então que ele revelou ao ancião a erva que o ajudaria a ter de volta sua força e vitalidade. O enviado também transformou Yari em uma deusa guardiã da erva e de outras plantas, responsável por ensinar os homens a cultivá-las e a viverem em paz.
 

Lenda do Ahó Ahó

Ahó Ahó é uma criatura que se parece com uma ovelha, mas muito maior e assustadora com seus dentes monstruosos. Vive em bando e se comunica com as outras através de gritos horripilantes: “aó aó”.
 
Essas criaturas perseguem as pessoas que vagam pelas florestas e recebem as crianças raptadas pelo Jaci Jaterê, outra criatura lendária. O único jeito de escapar do Ahó Ahó é subir em uma palmeira.
 

Lenda do Bradador

O Bradador é um espírito que vagueia assustando os viajantes solitários. Ele era um homem mau que morreu no bairro de Atuba, em Curitiba, no Paraná. Como não pagou por todos os seus pecados em vida, a terra o devolveu.
 
Sendo assim, ele se transformou em uma criatura metade homem, metade fantasma, que vaga por caminhos desertos em todas as sextas-feiras, após a meia-noite, gritando assustadoramente.
 
A sina de vagar pelo mundo sozinho só acabará quando o Bradador cruzar sete vezes por uma moça chamada Maria – o problema é que ninguém tem coragem de ficar cara a cara com ele.
 

Lenda da Cuca

A Cuca é o terror das crianças que não dormem cedo: a bruxa com corpo de jacaré e cabelos amarelos tem uma voz horripilante e um grito potente que pode ser ouvido a milhares de quilômetros de distância.
 
Ela dorme apenas uma noite a cada sete anos: está sempre atenta em sua caverna, vigiando toda a floresta com o seu espelho mágico e sai à noite para caçar as crianças que passaram da hora de dormir.
 

Lenda do João-de-Barro

O João-de-Barro era um índio apaixonado, você sabia? A lenda conta que, em uma aldeia indígena do sul do Brasil, o jovem índio Jaebé se apaixonou pela índia mais formosa da tribo e foi pedir a sua mão em casamento. Porém, o pai da índia disse que ele precisaria provar o seu amor por sua filha.
 
Jaebé, então, decidiu ficar 9 dias em jejum. Os outros indígenas o enrolaram em um manto de couro de anta. Ao final dos 9 dias, quando todos pensaram que ele estava morto, ele surgiu com a pele limpa cheirando a amêndoas e um brilho diferente nos olhos.
 
Foi aí que começou a cantar para sua amada e se transformou em um belo pássaro, assim como a jovem, que o seguiu. Os dois, então, ficaram juntos e construíram a casa de barro para criar seus filhotes.
 

Lenda do Saci Pererê

Poucos sabem, mas a lenda do Saci Pererê, uma das mais famosas do folclore brasileiro, surgiu no sul do Brasil. O menino negro de uma perna só que fuma cachimbo tem um gorro mágico que lhe dá poderes especiais.
 
Ele se desloca através de um redemoinho e, apesar de ser conhecido pelas travessuras que gosta de fazer, é um protetor das florestas.
 

Atualizado em: 30/06/2023 na categoria: Folclore


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