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11 Lendas Amazônicas: Iara, Curupira, Boto-Cor-de-Rosa e Mais!

As lendas amazônicas são importantes lendas do folclore brasileiro! Aprendemos algumas delas desde cedo, como a lenda da Iara, a lenda do Curupira e a lenda do Boto cor-de-rosa. Mas é claro que existem inúmeras outras com histórias fantásticas que traduzem a riqueza cultural do norte do nosso país.
 
Confira abaixo 11 lendas amazônicas e aprenda mais sobre elas!
 

 

Lenda da Iara

A Iara, também conhecida como Mãe D’Água, já é uma velha conhecida do folclore brasileiro. A sereia amazônica tem uma aparência fascinante: metade mulher, metade peixe, pele morena, cabelos negros e olhos castanhos, com uma cintilante e hipnotizante estrela na testa.
 
A lenda conta que Iara era filha de um pajé, uma mulher forte e guerreira com habilidades que causavam inveja em seus irmãos. Quando eles tentaram matá-la, ela lutou bravamente, matou todos eles e fugiu, mas foi encontrada pelo seu pai, que a jogou entre os rios Negro e Solimões.
 
Iara foi salva pelos peixes, que a transformaram em sereia numa noite de lua cheia e lhe deram esse nome que significa senhora das águas. Ela atrai os homens com a sua beleza e voz encantadora e leva-os para o fundo do rio. Os homens que conseguem voltar vivos vivem assombrados e é muito difícil quebrar o encanto: só com muita reza e rituais indígenas de cura.
 

Lenda do Curupira

Curupira é o guardião das florestas e protetor dos animais. Essa criatura fantástica de baixa estatura, cabelos de fogo e pés virados para trás também protege as pessoas que respeitam a natureza e utilizam os seus recursos para sua própria sobrevivência. Alguns dizem, também, que ele pode ficar invisível.
 
A lenda diz que o curupira é cruel com todos que destroem as florestas e as matas: ele aterroriza e mata caçadores, os deixa desorientadas com seus assobios e também pode se transformar em onça ou outros animais para atraí-los para o interior da floresta e fazer eles se perderem.
 

Lenda do Boto-Cor-de-Rosa

O boto-cor-de-rosa vive nos rios amazônicos e a lenda conta que ele se transforma em um homem muito bonito e galanteador que sai em busca de mulheres para seduzir.
 
Assim como em todas as lendas, há variações nos relatos: alguns dizem que a transformação acontece nas noites em que há festas nas comunidades ribeirinhas, enquanto outros dizem que o boto-cor-de-rosa só se transforma em homem durante a Lua cheia do mês de junho, durante as festas de Santo Antônio, São João e São Pedro.
 
Ele pode ser reconhecido pelas roupas e sapatos brancos e o chapéu que esconde o topo da cabeça, onde ficam as narinas do boto, já que a transformação não é completa. Depois de seduzir a mulher mais bonita da festa, ou uma mulher virgem, ele a engravida e a abandona, deixando um filho que cresce sem o pai.
 

Lenda da Vitória-Régia

A lenda da Vitória-Régia explica a origem dessa planta que é símbolo da Amazônia: ela era Naiá, uma índia que se afogou ao se inclinar no rio para beijar o reflexo da lua.
 
Jaci, como era conhecida pelos índios, era a divindade da Lua por quem a índia se apaixonou. Essa divindade namorava as índias mais bonitas da região, as levava para o céu e as transformava em estrelas. Naiá aguardava ansiosamente pelo encontro, mesmo sabendo que não seria mais índia se isso acontecesse.
 
Uma noite, na beira do rio, Naiá tentou beijar a Lua através do seu reflexo pensando ser Jaci à sua frente, mas se afogou e acabou morrendo. Então Jaci, comovido, transformou-a na estrela das águas, como é conhecida a vitória-régia.
 

Lenda do Guaraná

A lenda do guaraná conta a origem deste fruto. Segundo relatos, um casal de índios maués recorreram ao Seus Tupã para lhes dar um filho. Tupã atendeu ao pedido e o menino cresceu bonito, bondoso e amado por todos.
 
No entanto, Jurupari, o deus da escuridão e do mal, que nutria uma inveja profunda da criança, se transformou em uma serpente venenosa para o atacar e matar enquanto ele colhia frutas na floresta.
 
Neste dia Tupã enviou fortes trovões e relâmpagos para alertar que o menino corria perigo, mas isso não adiantou, pois ele foi morto pelo veneno de Jurupari.
 
Então Tupã ordenou que os seus pais plantassem os olhos da criança para que deles nascessem frutos para dar energia a todos aqueles que o consumissem: o guaraná.
 

Lenda da Boiuna

A lenda da Cobra Grande, ou Boiuna, conta a história da cobra gigante que cresceu de forma assustadora e foi viver no fundo dos rios. De tempos em tempos, ela sobe à superfície, aterrorizando quem vê seus olhos luminosos assustadores, derrubando embarcações e devorando pescadores. É a conhecida sucuri.
 
Certa vez, uma índia ficou grávida de Boiuna, a índia Tapuia, dando à luz dois filhos-cobras que jogou no rio: Norato, ou Honorato, e Maria Caninana.
 

Lenda da Cobra Norato

A cobra Norato era filho de Boiuna com a índia Tapuia e vivia nos rios com sua irmã gêmea, Maria Caninana. Ao contrário dela, má e rancorosa, Norato era uma cobra boa que não faz mal a ninguém: pelo contrário: ajudava a salvar muitas pessoas de afogamentos.
 
Durante a noite, à luz da Lua, Norato saía do rio, deixava o couro de cobra na terra e se transformava em um homem, indo visitar a mãe e participar de festas.
 
Um dia, depois de uma luta terrível, Norato matou Maria Caninana e seguiu procurando por alguém que não tivesse medo da aparência de cobra para desencantá-lo e transformá-lo em homem de uma vez por todas, até que encontrou um soldado que atendeu o seu pedido.
 
Norato nunca mais foi visto nadando nos rios, mas sua história é contada até hoje.
 

Lenda do Pirarucu

O Pirarucu é um dos maiores peixes de escama do Brasil. Alguns povos indígenas contam que Pirarucu era um guerreiro forte e corajoso, mas injusto e maldoso. Por causa disso, o Deus Tupã decidiu castigá-lo pedindo à Deusa Luruauaçu para fazer cair uma tempestade violenta na floresta de Xandoré.
 
Os raios e trovões eletrizaram toda a mata e derrubaram uma grande árvore em cima do guerreiro, que tentava fugir da tempestade. O seu corpo achatado foi levado até o rio Tocantins pela enxurrada, quando Tupã resolveu transformá-lo no grande peixe.
 

Lenda do Mapinguari

O Mapinguari é um grande monstro que habita a floresta amazônica: tem 2 metros de altura, seu corpo é coberto de pelos vermelhos e ele tem apenas um olho no centro da cabeça. A boca com dentes afiados fica na barriga, sem falar nos braços enormes com garras afiadas nas mãos.
 
É um monstro cruel e barulhento que usa uma armadura feita com casco da tartaruga para se proteger, solta gritos poderosos e mata animais e humanos que cruzam o seu caminho.
 

Lenda do Monte Roraima

O Monte Roraima nasceu a partir de uma transgressão à natureza. Como contam os índios Macuxi, as terras onde fica o monte antes eram baixas e alagadiças com igapós, onde a caça e a pesca eram fartas e todos viviam sem disputas.
 
Um belo dia nasceu uma bananeira sagrada: a planta cresceu muito e foi ordenado, pelos pajés, que os frutos dela não fossem comidos, a troco de castigos terríveis.
 
Quando um cacho de bananas foi arrancado do pé sem que ninguém soubesse quem fez isso, a terra e os céus deram a resposta: um grande dilúvio caiu e o monte se levantou.
 

Lenda dos rios Xingu e Amazonas

A lenda dos rios Xingu e Amazonas diz que na Floresta Amazônica tudo era seco. Toda a água era guardada pela ave Juriti em três tambores. Um certo dia, os filhos do pajé Cinaã foram pedir um pouco de água ao pássaro, que negou. Então os irmãos quebraram os tambores, formando os rios ao fugir dos grandes peixes que viviam neles.
 

Atualizado em: 30/06/2023 na categoria: Folclore


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